sábado, 5 de julho de 2008

A COISIFICAÇÃO DA MULHER

As mulheres no decorrer dos tempos tem buscado melhorias para o seu gênero, por meio de reformas feministas que deram certo para a conquista de muitos espaços no cotidiano da vida, como o direito de voto, cargos de chefia no trabalho e também a igualdade na busca da satisfação sexual.
Isso nos levou a novos tempos e costumes, ditando assim novas idéias e comportamentos nunca antes imaginados.
Assim vivemos em uma sociedade onde as mulheres tem o direito de se expressarem, mas não de serem livres.
Acho interessante como hoje existam mulheres coisificadas, simplesmente por seus atributos físicos, onde elas perdem suas identidades, seus nomes, tornando-se coisas, como por exemplo a "mulher melância" ou a "moranguinho".Elas representam o extermo absoluto deste caos libertino suplantado nas mulheres, elas expressam muito daquela história do autor russo Franz Kafka em a metamorfose, onde o cacheiro Gregor se transforma em um inseto perdendo suas caracteristicas naturais de homem, tudo como obra de sua alienação por meio do trabalho.
Melância e moranguinho da mesma forma são individuos que em suas alienações abriram mão do seu próprio eu para se coisificarem.
Você pode dizer: -Elas são livres!!!
Sim eu concordo, mas só são livres para cumprir o capricho da massa masculina e da mídia que exploram suas imagens.
No final tanto Melância quanto Moranguinho vão ser vistas como uma coisa estranha, quando tentarem ser o que realmente são, mulheres.
Suas liberdades estão limitadas a serem objetos de desejo, e não individuos desejosos.
alienadas pela coisificação, são colocadas como astros pela mídia e pelo público, sendo um referencial para nossas jovens mulheres, que passam à acreditar que ser mulher é ser coisificada, é ser uma coisa nas mãos do outro, não mais ser e existir.
Depois destes dois exemplos fico preocupado com o futuro das garotas do país e do mundo.
Por isso creio que a mulher só é mulher quando expressar sua autonômia, e dizendo não a coisificação imposta por essa nossa sociedade (o que inclui a mim também)doentia , consumista e capitalista de nosso tempo.
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3 comentários:

  1. Bom, coisificar? (...) bom termo, excelente terminologia... acredito muito nessa teoria da coisa na coisa para falar de uma coisa se referindo a outra coisa e etc., no entanto, não sei se devemos atribuir o animalesco em Kafka, Gregor Sansa e sua massificada “barata”, não sei se é para tanto, uma vez que penso que as verduras, legumes e frutas vestidas de micro roupas saibam realmente de que se trata, e por fim – dar-lhe tal acunha seria demasiado desnecessário e injusto ao autor de O Veredicto.
    O que mais me mortifica é o fato de a mulher lutar por um espaço, espaço esse que ainda não foi conquistado, e tantas outras, em barracas expostas, inferiorizarem-nas... não sei se é o caminho... assim como não sei se o espaço televisivo é realmente esse, se é dessa forma que deve ser utilizado, com programas apelativos, vulgares, enganadores e sem cultura. O que de fato é liberdade, acho que o texto que vocês apresentaram – não reflete apenas um “espaço” dirigido e esperado pelo publico feminino, mas sim se a liberdade adquirida a duras penas por determinadas mulheres não está sendo inferiorizado por uma gama superior de outras sem embasamento cultural e moral. Será que o caminho que a mulher deseja seguir é o de rebolar num programa como o do GUGU?


    ps.: adorei ler esse blog

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  2. texto inteligente e perspicaz, parabens!

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  3. Excelente texto ,mas gostaria de expor um detalhe que muitos se esquecem: aparticipação do feminismo na coisificação da mulher.è assustadoramente contraditório mas as feminsitas defendem a nossa auto-objetificaçao(para depois reclamarem da mídia machista....Então fica realmente um quadro muito difícil,ainda mais come stsa "marchas das vadias" e afins( para vc ver que acoisa só piorou dssde que seu texto foi escrito)

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