sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Crônica Lostresiana


Quando nossas decisões são afetadas por temores, que não sabemos explicar, podemos pensar sobre uma construção de vida influenciada por valores morais.

Sabe quando ouvimos uma música e nos sentimos unidos a ela? ou quando lemos um livro e somos tomados por um preenchimento existencial à ponto de responder as lacunas de nosso viver?


Pois bem! tais vivências são resultado de uma resignificação do meu "EU" em mim.


A beleza da vida é uma completude de unir cada momento como um único momento, absorvendo delas toda sua essência por meio da reflexão, construindo uma nova percepção, tendo em volta de si um mundo mais colorido, pois o preto e branco é resultado de uma vida insossa, impelida a viver agitada, apressada, imediatista.


Então preste atenção! Preserve a calma, aprecie cada momento como o último.


e uma coisa é certa!Não sei como faremos isso, mas quando descobrir conte pra mim!!!




Lostresiano ( Ricardo)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Monitoria 2010 segundo semestre


Olá

Neste semestre trocaremos idéias a respeito dos pensadores

C.G Jung
Wilhelm Reich
Carl Rogers

Este tópico tem o objetivo de facilitar responder às questões (se conseguirmos)a respeito das teorias, composição de trabalhos e compreensão de textos fiquem a vontade, este blog está aberto inclusive para postagens de todos, se você tem vontade postar algo que já escreveu (inclusive trabalhos), envie-nos o texto que ele será postado com sua assinatura, desta forma criamos uma rede com o propósito de auxiliar a todos os outros anos que possivelmente tambem tenham as mesmas dúvidas, contamos com suas questões, comentários e principalmente com a participação, obrigado.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Psicanálise - Tratamento ou Perda de Tempo? Libertação ou Perversão?


Para diferenciar as abordagens clínicas compreendemos sobretudo o ponto de vista histórico, pois estes evoluíram assim como as patologias.
A substituição da pergunta “o que é você têm” por “aonde lhe dói” demonstra com clareza esta evolução. Este modelo clinico traz uma linguagem positivista o que trouxe como consequência o progresso da observação.
O fato é que esta abordagem transformava a medicina classificatória em uma medicina de órgão, de foco e de causas cujo interesse era pelo corpo do doente, não pelo corpo vivo, pois era o corpo morto que "indicava as causas".
"Daí o aspecto que a anatomia patológica toma em seu inicio o de um fundamento enfim objetivo, real e indubitável de descrição das doenças" (Foucault, 1987).
A partir do século XIX é que a doença no corpo torna-se objeto para linguagem médica positivista, modelando seu discurso para um método racional. Entretanto este modelo aponta uma maneira de aplacar as impossibilidades que fujam ao racional, o que promove ao médico uma escuta seletiva com vista ou tentativa de formulação de diagnóstico. Todavia se o conteúdo trazido pelo paciente não atende a estes requisitos, para o médico este se torna um dado irrelevante. o paradigma da clínica serve de parâmetro para o estabelecimento de um outro modelo clínico é necessário, se ater as origens médicas quando trata-se de diagnóstico e tratamento.
As proposições psicanalistas emergem a partir da prática médica de Freud para a própria teoria psicanalítica.
Apesar de todo conhecimento médico de Freud a demanda de seus pacientes apresentavam sintomas que na tentativa de responder as indagações propostas pelos próprios sintomas, ele as encontra quebrando os paradigmas clínicos de sua época, mas não despreza completamente os preceitos neurológicos.
A clinica psicanalítica é emergente ao tratar da histeria no campo da representação e não no campo do corpo anatomo-patológico. Compreendemos então a cisão da clinica médica para com a psicanálise, pois mesmo partindo das mesmas bases não apenas a abordagem é diferente, mas todo diagnóstico bem como o tratamento.
Freud (1923) estabelece que o objetivo da analise é capacitar o paciente a poupar energia mental que está sendo usada nos conflitos internos, obtendo do paciente o melhor que suas capacidades herdadas permitam, tornando-o capaz de gozar o quanto é possível. O objetivo principal não é a remoção sintomática, mas este é parte resultante da própria analise.
O médico encaixa o sintoma dentro de um diagnóstico de uma patologia pré-estabelecida, torna-o sujeito do saber, o que para a psicanálise, quando o paciente relata seu sofrimento (sintoma apresentado) o terapeuta não veste o capuz do sujeito do saber, pois o sintoma só tem um “sentido” para aquele que sofre por este motivo o terapeuta devolve as indagações do paciente em forma de novos questionamentos induzindo o paciente a realizar trabalhos psíquicos e alterando sua economia mental.
É importante ter ciência das relevâncias dos profissionais envolvidos em cada patologia específica, mais ainda o critério utilizado para o diagnóstico, reconhecimento e posteriormente tratamento da patologia.

terça-feira, 30 de março de 2010

Psicanálise uma verdade que pode ser contestada?


Como promover a humanização no tratamento da saúde mental?
Trata-se de uma questão muito ampla e que possivelmente não conseguiríamos responder como estudantes de psicologia e talvez nem depois de formados.
Por humanização na saúde mental compreendemos como tratar o indivíduo e não apenas a patologia que o encarcera e o distancia da vivência em grupo. E neste sentido aproximar-se do paciente, não como doente, mas como ser humano.
Neste texto não tentaremos responder a esta questão, mas identificar os possíveis problemas e partilhá-los, na tentativa de encontrar saídas para quebrar os paradigmas estabelecidos no tratamento da saúde mental.

DOENÇA E PARADIGMA

Antes de levantarmos os problemas, primeiro é necessário compreender como se define as doenças especialmente a mental do seu ponto de vista histórico.
A doença mental pode ser considerada como “desvios sociais” que são produzidos e imputados pela sociedade moderna. Desta forma a doença se caracteriza por seu status físico + sua significação social, ou seja, o “modo de estar” do doente na sociedade é condicionado pela dinâmica social, a psicopatologia de um sujeito é incompreensível, pois, diferente da medicina que percebe a doença apenas do ponto de vista biológico em outros termos biomédico. O médico reduz a significação social da doença ao seu status físico, em outras palavras ele esquece que o próprio fato de ser compreendido socialmente não é um fato meramente biológico.
Esta naturalização impede que a doença seja percebida em seu conteúdo social, logo o papel social da doença e do doente é mitigado.
Esta questão para nós futuros psicólogos pode parecer redundante mas é de extrema importância, porque todavia as psicopatologias se expressam por sintomas, as quais o psicólogo deve se ater para tratar a doença e a significação social é um destes sintomas.
O tratamento da saúde mental pela psicanálise que é uma ciência em sua origem determinista, prende-se em sua ideologia teórica e muitas deixando de lado os verdadeiros problemas relacionados a saúde mental. A postura que torna o terapeuta no sujeito do suposto saber, segundo Perrusi (ano) a ideologia transforma o saber em um universo reificado, bem como desacoplado do resto da sociedade, produz um saber desumanizado e indiferente que imobiliza as significações sociais tornando-as monopólio seu, assim ela legitima o conhecimento como único viável e verdadeiro, observemos por exemplo as interpretações da psicanálise sobre as psicoses.
As psicoses de um modo geral foram brilhantemente teorizadas por uma diversidade de psicanalistas, além de Freud, também podemos citar Abraham, Melanie Klein, Rosenfeld, Bion, a escola lacaniana e muitos outros, ou seja não faltam esforços teóricos para encarar o problema, mas como é possível que esta área resista sem nenhuma mudança em meio a tantas contribuições teóricas?
Será que não falta a psicanálise reconhecer que existem patologias que caem fora de seu alcance?
Ou reconhecer que um fenômeno fundamental está escapando das observações incluídas devidamente em seu contexto teórico?
Nós acreditamos que a institucionalização ou a internalização da regra do sujeito do suposto saber não trata o paciente utilizando de uma mesma linguagem e sim de uma assimetria comunicativa, uma linguagem entre paciente e terapeuta por meio de uma relação de subordinação “eu sou o médico e você o doente”.
Esta postura por ventura difere da postura do médico que citamos anteriormente?
Segundo Perrussi (ano) estar próximo a doença mental nos compele ao medo de adoecer, ou seja, se no meio onde vivo e como tal me socializo, alguém adoece, percebo nele uma alteridade que também pode me acometer em outras palavras é o medo da doença em mim, talvez porque este medo seja o medo da alteridade, que em ultima instancia , não pertence ao grupo de identificação do sujeito.
Acreditamos que a psicanálise deveria tratar o paciente como sujeito da ação e não apenas lidar com a patologia nele estabelecida. Porem tal idéia torna-se um paradoxo a ser pensado pela psicologia no tratamento da saúde mental.
O distanciamento por parte do terapeuta para com o paciente com a premissa de não influenciar seu discurso, coloca em xeque o próprio terapeuta, uma vez que para interpretar as associações trazidas pelo paciente ele necessita de uma aproximação mínima, em outras palavras ele precisa se apropriar do sujeito com todas as características plenas de sua patologia.
Concluímos com um trecho extraído do livro Escute Zé Ninguém de Reich que sintetiza em poucas palavras nossa concepção:

“Vocês me exaltam como futuro senhor de mim mesmo e do meu mundo, mas não me dizem como um homem se torna senhor de si mesmo e não me dizem o que há de errado comigo, o que há de errado com o que penso e faço” (Wilhelm Reich)

terça-feira, 23 de março de 2010

monitoria 2010 teorias da personalidade

Olá, para iniciarmos nossas atividades de monitoria, disponibilizamos este blog como nossa primeira via de comunicação, entre nós e também como função de plantão de dúvidas. Basta colocarem suas perguntas nos comentários de qualquer texto, que seremos automaticamente avisados em nossos e-mails pessoais.

Disponibilizamos todas as terças-feiras as 18:20 na sala de vocês, para o esclarecimento de maiores dúvidas.

Contamos com a sua presença e participação.

Sem mais

Ricardo e Anderson